Qatar Published Fatwa In 2006 Permitting Burning People — Removes It After IS Burns Pilot por Raymond Ibrahim
7 de fevereiro de 2015
Parece que o Islã Web, famoso website de propriedade do Ministério de Awqaf e Assuntos Islâmicos do Qatar, tenham sido o responsável pela metodologia utilizada pelo Estado Islâmico (ISIS) para queimar vivo o piloto prisioneiro da Jordânia.
Em 7 de fevereiro de 2006, este site Árabe, amplamente acessado, emitiu a Fatwa No. 71480, intitulada “A Queima de Las bin Abdul Yalil por Abu Bakr.” A fatwa, ou decreto Islâmico, concluiu que a queima (imolação) de pessoas como uma forma de punição é permissível.
Ironicamente, horas após o Estado Islâmico ter queimado o piloto vivo, a Fatwa No. 71.480 foi removida do Islã Web.
É interessante observar que a fatwa recentemente emitida pelo Estado islâmico para justificar a queima (imolação) do piloto, utiliza os mesmos argumentos que a fatwa do Islã Web de 2006 – citando as mesmas fontes, hadiths, tafsirs, até mesmo a lógica da “humildade” – subentendendo que o ISIS pode muito bem ter se apoiado nessa fatwa do website do Qatari quando escrevia o seu próprio texto para queimar o piloto vivo – Assim sendo, por que a fatwa foi agora misteriosamente retirada do Islã web.
A propósito, o Islã Web recebeu o World Summit Award de 2007, na categoria de “melhor website de entretenimento educativo para crianças que falam Árabe, concedido a partir do consenso do júri, que se reuniu na Croácia para avaliar as produções indicadas provenientes de 160 países.”
Agradecimentos ao Rachid, pela tradução e imagem da fatwa original em Árabe antes de ser removida do Islã Web.
A Queima de Las bin Abdul Yalil por Abu Bakr
Fatwa No. 71.480
Terça-feira 7/02/2006
[Pergunta]: Como podemos conciliar entre a proibição da queima [inimigos] por fogo, feito pelo Profeta, que a paz esteja com ele, e a queima de Las Abdul Yalil por Abu Bakr, que Alá esteja contente com ele, durante a guerra de apostasia?
[Resposta]: Louvado seja Deus e que a paz e as bênçãos estejam com o Mensageiro de Deus e de sua família e companheiros. Agora:
O fato de que o profeta – que a paz esteja com ele – proibiu a queima por fogo está documentado e declarado no seu santo hadith – que a paz e as bênçãos estejam com ele – quando ele disse: “Ninguém pune com fogo, exceto o Senhor do fogo”, Narrado por Abu Dawood e Ahmad em seu Musnad.
Os acadêmicos divergem sobre se esta proibição é de interdição ou apenas por humildade; Ibn Hajar disse em [seu livro] Fath Albari: “… Al Muhallab disse: Esta proibição não é de interdição, mas apenas por humildade, e como prova de que a queima é permitida está nos atos de companheiros do profeta, o profeta – que a paz esteja com ele – queimou os olhos do Oranyeen [de Orayna] com ferro quente [pregos de ferro]. E Abu Bakr queimou os agressores, na presença dos companheiros, Khalid Bin Alwalid [Comandante do Exército Muçulmano] queimou alguns apóstatas, e a maioria dos acadêmicos de Medina [a cidade do profeta] permitem a queima de castelos e navios, sobre o seu povo, isto foi declarado por Althawri e Al-Awzaai. Ibn Mounir entre outros disseram: não há uma prova para a permissão, porque a história de Oranyeen foi vingança, e no caso de castelos e navios é permitido tendo a necessidade como condição, se isso for uma maneira de alcançar a vitória sobre o inimigo.
Quanto à história de Abu Bakr (que Alá esteja contente com ele) a queima de Las Abdul Yalil por fogo está documentada nos livros de história. No livro (Alkamel): “Ias Abdul Yalil veio a Abu Bakr e disse para ele: ajude-me a combater os apóstatas dando-me um exército. Ele deu-lhe o exército e ordenou-lhe seguir as ordens; ele retornou aos Muçulmanos e até mesmo desceu à Aljoa, e enviou Nokhba bin Abi Almithae de Bani Sharid e nomeou um Emir para os Muçulmanos. Em seguida, atacou todos os Muçulmanos da tribo de Salim, Amer, e Hawazen. Abu Bakr (que Alá esteja contente com ele) ouvindo falar sobre isso enviou alguém para prendê-lo [Ias Abdul Yalil] e trazê-lo de volta. Abu Bakr ordenou que uma fogueira fosse feita no tribunal da oração e em seguida, o jogou [Ias Abdul Yalil] sobre ela, com as mãos amarradas.
Se estudiosos têm opiniões diferentes sobre a proibição da queima por fogo, como nós dissemos, aqueles que se opuseram à queima a permitiram em alguns casos excepcionais, mas não há dúvida de que o que Ias Abdul Yalil fez valeu a pena queimá-lo [vivo]. Que Deus recompense o Califa do Mensageiro de Deus – a paz esteja com ele – por seu zelo ao Islã.
E Alá sabe.
Tradução: Sebastian Cazeiro
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