Fonte/Source: Washington Times Interviews Raymond Ibrahim on Muslim Persecution of Christians | Raymond Ibrahim
Nota de Raymond Ibrahim: Cheryl Wetzstein do Washington Times me entrevistou ontem a respeito da perseguição de Cristãos em terras Muçulmanas, especialmente no contexto da Nigéria. A entrevista foi publicada (ontem) no final do dia. Veja a seguir:
“Eleições na Nigéria colocam Cristãos em Perigo de mais Ataques Muçulmanos” por Cheryl Wetzstein Washington Times
A perseguição Muçulmana aos Cristãos está em maré alta – e há graves temores de mais chacinas sectárias quando milhões de pessoas na Nigéria – metade Muçulmana, metade Cristã – forem votar, nos seus líderes nacionais no próximo mês.
Essas atrocidades religiosas clamam pela atenção da mídia e consciência política, disse Raymond Ibrahim, autor do relatório mensal sobre a “Perseguição Muçulmana aos Cristãos“, que narra os ataques aos Cristãos em dezenas de países desde Julho de 2011.
A grande mídia raramente cobre os ataques aos Cristãos, embora eles aconteçam “em todo o mundo Islâmico”, disse o Ibrahim na terça-feira.
Ataques de muçulmanos -a – muçulmanos podem obter ampla atenção – a como os sequestros de cerca de 230 estudantes Nigerianas em Abril pelo grupo terrorista Boko Haram. Os sequestros em massa alarmaram tanto o mundo a ponto de a primeira-dama Michelle Obama chamar atenção para o hashtag #BringBackOurGirls em campanha na mídia social.
Mesmo assim, de Agosto a Outubro, Boko Haram e seus aliados Islamitas radicais destruíram 200 igrejas Cristãs enquanto barbarizavam cidades e aldeias no nordeste da Nigéria, disse Ibrahim, membro da David Horowitz Freedom Center.
O seu relatório mensal é publicado pela Gatestone Institute, um Grupo de Reflexão internacional liderado por John R. Bolton, ex-Embaixador dos EUA nas Nações Unidas.
Em apenas quatro anos, disse ele, Boko Haram destruiu cerca de 1.000 igrejas.
O “grande volume” de ataques contra Cristãos na Nigéria “faz com que seja um dos piores” lugares para eles, disse Ibrahim.
O perigo na Nigéria foi dirigido a Casa numa audiência da Câmara.
Nigerianos estão programados para votar no dia 14 de Fevereiro num pleito com vários candidatos presidenciais, incluindo o Cristão incumbente Goodluck Jonathan e o seu adversário MuçulmanoMohammadu Buhari, para liderar 173 milhões de pessoas no país. A eleição para lideranças locais será realizada em 28 de Fevereiro.
Em 2011, a vitória de Jonathan sobre Buhari desencadeou uma grande violência sectária no norte Muçulmano. Mais de 700 igrejas foram queimadas, centenas de Cristãos atacados, mortos e milhares de empresas e residências Cristãs incendiadas.
Essa violência aconteceu no momento em que Boko Haram estava executando uma “campanha de terror”, disse o advogado de direitos humanos Emmanuel Ogebe em seu depoimento na terça-feira junto à Subcomissão de Relações Exteriores sobre África, Saúde Global, Direitos Humanos e Organizações Mundiais Internacionais.
“Boko Haram nunca viu um homem Cristão vivo que tenha gostado” disse Ogebe. Dependendo do resultado da eleição, o dia 14 de fevereiro pode se transformar no “Massacre do Dia dos Namorados para os pobres Cristãos do norte da Nigéria.”
“O medo de uma explosão política é real”, disse o advogado Jadegoke Badejo na audiência.
Só este ano, cerca de 2.000 pessoas foram mortas pelo Boko Haram em seus ataques na cidade de Baga e nas vilas ao redor, disse o Deputado Christopher H. Smith, um Republicano de Nova Jersey e presidente da subcomissão. “Claramente, a violência do Boko Haram está avançando drasticamente”, disse ele.
Secretário de Estado John F. Kerry viajou para Lagos na semana passada para se encontrar com Jonathan e Buhari. Kerry disse aos repórteres mais tarde que os dois candidatos o asseguraram que iriam tentar convencer os seus seguidores a evitarem a violência pós-eleitoral e aceitarem os resultados da eleição.
Kerry também mencionou que as eleições precisam obedecer ao calendário e que os Estados Unidos poderão fazer mais para apoiar a luta contra o Boko Haram se as eleições forem democráticas e pacíficas.
“Uma transição pacífica e suave é igualmente essencial, de modo que o candidato eleito possa rapidamente virar o foco para confrontar e derrotar o Boko Haram”, disse o Embaixador Robert P. Jackson, Secretário-Assistente de Estado Interino para Assuntos Africanos, em audiência na Câmara.
“Estamos horrorizados com o ritmo acelerado e com a brutalidade dos ataques do Boko Haram. Essa matança descontrolada precisa parar”, disse Jackson.
Os ataques seguem um padrão
Em termos de perseguição aos Cristãos, Raymond Ibrahim não é o único a soar o alarme: O Centro para o Estudo do Cristianismo Global, que faz parte do Seminário Teológico Gordon-Conwell, estimou que 1 milhão de Cristãos foram mortos de 2000 a 2010 por sua fé, uma média de 100.000 mártires por ano.
Este mês, a Open Doors World List, que pesquisa as condições da liberdade religiosa para os Cristãos, disse que a perseguição de Cristãos atingiu “níveis históricos.” A Coréia do Norte foi classificada como o país mais opressivo para os Cristãos, mas “a África viu o crescimento mais rápido de perseguição” de acordo com o grupo.
A União Americana pelas Liberdades Civis e ao Conselho de Relações EUA-Islã (Cair) advertiu contra a “islamofobia”, e Kerry acautelou para que não confundam os ultra-radicais como o Estado Islâmico e o Boko Haram com todos os muçulmanos.
Esses militantes são “uma coleção de monstros,” disse Kerry no Fórum Econômico Mundial de 23 de Janeiro, segundo a Reuters.
Kerry insistiu “para deixar claro” ao mundo civilizado, que “não vai se acovardar diante da violência”, mas reiterou que “o maior erro que poderíamos cometer seria culpar coletivamente os Muçulmanos por crimes não cometidos por Muçulmanos pacíficos.”
Raymond Ibrahim, que é filho de Cristãos Coptas, disse que a sua pesquisa mostra claramente que ataques Muçulmanos aos Cristãos não são incidentes isolados decorrentes de conflitos geográficos ou de injustiças locais, e sim “ataques contra o próprio Cristianismo”. Como exemplo, o alvo principal da violência Muçulmana é a Igreja Cristã, que pode se bombardeada ou destruída com pessoas congregando no seu interior durante o serviço de culto, disse Ibrahim.
Os Cristãos são também punidos ou mortos por atos percebidos como blasfêmia, como evangelizar ou converter alguém do Islamismo, disse ele.
Outro tipo de perseguição Muçulmana é tratar os Cristãos em terras principalmente Islâmicas como cidadãos de “terceira classe” negando-lhes a permissão para construir ou restaurar igrejas ou carregar suas Bíblias em público, obrigando-os a viver sob regras especiais: como o pagamento de um tributo ao governo Muçulmano.
Em países onde esses abusos acontecem todos são dessemelhantes em vários aspectos, mas o “denominador comum” é que todos esses países têm uma grande população muçulmana, disse Ibrahim, que detalhou essas questões em seu livro escrito em 2013, “Crucified Again: Exposing Islam´s New War on Christians.” – “Crucificado Novamente: Expondo a Nova Guerra Islâmica contra os Cristãos”.
Numa entrevista ao The Washington Times na terça-feira, Raymond Ibrahim disse que uma vez pensou que não conseguiria continuar o relatório sobre a “Perseguição Muçulmana aos Cristãos” porque “certamente, um mês virá” em que haverá “apenas uma ou duas histórias “para se escrever a respeito.”
“Mas eis que vimos a cada mês que passou” mais atrocidades sendo produzidas, tornando o relatório muito mais demorado, disse ele.
Tradução: Sebastian Cazeiro
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